Câmara discute o tema Saúde da Mulher durante audiência pública

por Imprensa publicado 19/03/2024 19h10, última modificação 25/03/2024 18h22
Ações no mês de março
Câmara discute o tema Saúde da Mulher durante audiência pública

Audiência foi realizada pela Câmara, dentro das ações do Mês da Mulher

A Câmara de Poços realizou, no Mês da da Mulher Trabalhadora, uma audiência pública com o tema Saúde da Mulher. O debate foi proposto pela vereadora Regina Cioffi (PP) e contou com a participação da assistente social Patrícia Carla Pereira, representando a Secretaria Municipal de Saúde, da delegada regional da Polícia Civil Dra. Maria Cecília Gomes Flora, da responsável técnica pelo Centro de Atendimento Especializado à Mulher Lucimara Siqueira Papi, da médica ginecologista Dra. Ângela Borges de Carvalho, da psicóloga Paolla Magioni Santini e da psicóloga e presidente do GAAPO (Grupo de Apoio e Assistente ao Paciente Oncológico) Cláudia Rocha.

A vereadora Regina Cioffi comentou alguns pontos importantes abordados no encontro. “A audiência agregou muito conhecimento sobre a saúde integral da mulher, até mesmo a saúde espiritual. Com relação à saúde física, a Dra. Ângela falou muito da gravidez indesejada, isso é muito importante, nós debatemos ali a gravidez na adolescência e a necessidade de informações, de orientações tanto dentro de casa, como nas escolas. É preciso falar sobre a educação sexual, sem essa questão de gênero, mas sim a respeito dos métodos contraceptivos, sobre a volta da sífilis, que foi erradicada há muitos anos, hoje está aí como doença sexualmente transmissível”, ressaltou.

Para Regina, buscar apoio psicológico para as mulheres vítimas de violência foi um dos principais encaminhamentos. “Todo mundo esquece disso, pensam na questão judicial. Mas, e o acolhimento? É preciso cuidar dessas mulheres que ficam doentes por violência doméstica, psicológica e patrimonial. Além disso, pude expor, também, questões que envolvem a saúde mental. A mulher, diferente do homem, passa por várias etapas durante seu ciclo de vida. Depois da pandemia a gente tem estatísticas mostrando que as mulheres ficaram mais propensas à depressão e ao transtorno generalizado da ansiedade. É preciso também pensar em políticas públicas nesse sentido”, disse.

Ainda sobre a violência doméstica, a delegada Dra. Maria Cecília fez algumas pontuações sobre o tema. “Eu trouxe alguns dados, acho que é importante a gente começar a pensar nessa pauta por uma outra perspectiva, porque isso é uma das coisas que causa bastante preocupação para a gente, enquanto órgão de segurança, pois a violência doméstica vai impactar diretamente e, principalmente, mas não só isso, à saúde mental da mulher. A gente tem dados estatísticos demonstrando, pelo último anuário de segurança pública, que nunca os índices, por exemplo, de estupro no Brasil foram tão altos. Então, são questões que a gente precisa trazer para a discussão também. A Organização Mundial de Saúde já define a violência doméstica como um problema de saúde pública, então, hoje, tem esse controle feito, uma vigilância epidemiológica com notificação compulsória dos casos de violência e, além disso, a gente tem que entender que essa violência doméstica vai gerar um custo social e econômico muito alto”, afirmou.

Patrícia Carla Pereira falou sobre as ações desenvolvidas, atualmente, no município e abordou, ainda, o trabalho do Centro de Atenção à Saúde da Mulher e da Criança. “A gente já trabalha com a mulher a partir da proteção básica, que são os PSF’s, porta de entrada onde a mulher é atendida. No PSF, ela vai poder dar seguimento às necessidades que ela tiver e essa proteção básica vai encaminhar para uma área mais especializada. O Centro de Saúde Integral da Mulher e da Criança abarca, também, a criança e o adolescente, mulheres em situação de risco, situação de pré-natal, temos pediatras e ginecologistas. Nós temos vários procedimentos que já são ofertados, a gente conta com 23 tipos de atendimentos e eu acredito que em torno de 23 tipos de exames somente voltados para a mulher. Além disso, a gente planeja centralizar as ações voltadas para a mulher no Centro da Mulher, porque, hoje, a gente faz atendimento também ambulatorial no Hospital da Zona Leste, nós fazemos no Hospital Margarita Morales, na zona oeste também tem uma unidade grande, tripla, que é do Vilas Unidas”.

Os vereadores presentes na audiência falaram sobre o tema, destacando a importância de trazer para debate as demandas atuais das mulheres, tanto com relação à saúde física, como também à mental. Alguns questionamentos também foram feitos, em especial com relação a serviços de saúde ofertados às mulheres. O vídeo da audiência, com todas as apresentações feitas, está disponível no YouTube da Câmara.

 

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