Vereador Tiago Mafra cobra providências sobre estrutura e cobertura do ESF Santa Ângela

por Imprensa publicado 03/11/2025 12h05, última modificação 05/11/2025 17h51
Requerimentos
Vereador Tiago Mafra cobra providências sobre estrutura e cobertura do ESF Santa Ângela

Mafra afirmou que o objetivo é provocar o Executivo a dar respostas concretas à população

Três requerimentos de autoria do vereador Tiago Mafra (PT) foram aprovados em Plenário na Sessão Ordinária da última terça-feira, 28, e encaminhados ao Poder Executivo, em busca de respostas sobre a situação da unidade Estratégia Saúde da Família (ESF) Santa Ângela. De acordo com informações apresentadas pelo parlamentar, o referido posto teve sua área de cobertura ampliada, não só ao bairro que dá nome à unidade, mas também aos bairros Jardim Vitória I, II e III e Morumbi.

Além de solicitar informações sobre a ampliação da área de atendimento da unidade, Tiago Mafra também questiona a Prefeitura sobre a estrutura física do ESF Santa Ângela e a possibilidade de construção de um novo espaço. O parlamentar destaca que o prédio atual é pequeno e inadequado ao bom funcionamento dos serviços, apresentando limitações estruturais que inviabilizam a instalação de uma sala de vacinas e de um consultório odontológico conforme os parâmetros técnicos exigidos.

Por meio do Requerimento nº 3627/2025, o vereador pede que o Executivo informe se há estudos ou diagnósticos técnicos que avaliem a necessidade de mudança de sede ou construção de nova unidade para o Santa Ângela, bem como eventuais processos administrativos em andamento sobre o tema. Ele solicita ainda a apresentação de alternativas de imóveis públicos ou privados que possam abrigar o serviço, o programa de necessidades do espaço, estimativa de custos e fontes de financiamento. Outro ponto abordado é a ausência de assistente social na equipe, o que, segundo o parlamentar, impacta diretamente o atendimento a famílias em situação de vulnerabilidade.

Em outro documento, o Requerimento nº 3614/2025, o vereador busca esclarecer a real extensão da área de cobertura do ESF e cobrar a recomposição da equipe de Agentes Comunitários de Saúde (ACS). Conforme destacou o parlamentar, a unidade passou a atender, além do bairro Santa Ângela, moradores dos bairros Jardim Vitória I, II e III e Morumbi, sem que houvesse o reforço proporcional do quadro de profissionais. A situação, segundo ele, tem resultado em sobrecarga assistencial e compromete a continuidade do cuidado e o cumprimento de metas da Atenção Primária.

O pedido inclui questionamentos sobre a definição formal do território atendido, os critérios utilizados para a ampliação da área de abrangência, o número de ACS atualmente em exercício e as providências para recomposição da equipe. Tiago também requer informações sobre os impactos da ampliação no acompanhamento das famílias e no desempenho de indicadores como os do programa Previne Brasil, além de indagar se há planejamento para implantação de uma unidade própria ou modelo alternativo de atendimento nos bairros atendidos de forma provisória.

Já o Requerimento nº 3616/2025 trata especificamente da possibilidade de construção de uma nova unidade de saúde para atender os bairros Jardim Vitória I, II e III e Morumbi. O parlamentar ressalta que o aumento da demanda assistencial nessa região exige avaliação técnica sobre o modelo mais adequado de atendimento e análise locacional para implantação de nova estrutura. Ele solicita, entre outras informações, a existência de estudos de viabilidade, estimativas de custo, identificação de áreas públicas disponíveis e fontes de financiamento para a obra.

Ao comentar o conjunto dos requerimentos, Mafra afirmou que o objetivo é provocar o Executivo a dar respostas concretas à população. Segundo ele, é inadmissível que a comunidade siga sendo negligenciada “naquilo que é mais essencial: o direito à saúde”. O vereador declarou que os pedidos apresentados buscam “desvendar as razões pelas quais o poder público municipal permite a desestruturação crônica da Estratégia Saúde da Família, com equipes desfalcadas e a promessa não cumprida de uma nova unidade”. Para ele, essa falta de planejamento e investimento “não apenas deixa milhares de famílias desassistidas, como sobrecarrega e esgota mentalmente os servidores públicos que, com recursos escassos e sem apoio, tentam manter um serviço de pé”.

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