Vereador solicita ações preventivas para proteger crianças dos efeitos das mudanças climáticas

por Pedro publicado 24/07/2025 17h40, última modificação 05/08/2025 17h48
Infância

O vereador Álvaro Cagnani (PSDB) apresentou o Requerimento nº 1928/2025, no qual solicita informações da Prefeitura sobre as ações municipais diante dos impactos das mudanças climáticas na saúde e no desenvolvimento de crianças na primeira infância.

 

O documento se apoia em estudos internacionais que alertam para os efeitos negativos das alterações climáticas nas novas gerações. Segundo o requerimento, crianças nascidas a partir de 2020 estariam mais vulneráveis a problemas de aprendizagem, doenças infecciosas e maior mortalidade ao longo da vida devido à exposição precoce a condições ambientais adversas.

 

No pedido, Álvaro questiona a existência de políticas públicas específicas, planos de ação na educação infantil, sistemas de monitoramento e medidas de conscientização da população sobre os riscos climáticos à infância.

 

Em resposta, a Secretaria Municipal de Educação informou que, até o momento, não existem políticas nem planos de ação específicos voltados à temática. A pasta reconhece os possíveis impactos do fenômeno climático nas condições de aprendizagem e sinaliza que o assunto poderá ser considerado em futuras etapas do planejamento estratégico da rede municipal.

 

Já a Secretaria Municipal de Saúde detalhou que não há políticas públicas exclusivas para mitigação dos efeitos climáticos na infância, mas citou ações indiretas, como a vigilância em saúde ambiental, com controle de vetores e monitoramento da água e do ar, orientações a famílias sobre cuidados em períodos de calor e prevenção de doenças infecciosas e o incentivo à alimentação saudável por meio do Programa Saúde na Escola (PSE).

 

O monitoramento da saúde infantil, segundo a Secretaria de Saúde, ocorre de forma integrada à Atenção Primária, sem indicadores específicos relacionados às mudanças climáticas. A pasta também afirmou que não existem campanhas voltadas exclusivamente à conscientização sobre os riscos do clima para as crianças, embora temas ambientais sejam abordados em ações educativas gerais.

 

Para o vereador, os esclarecimentos reforçam a urgência de políticas públicas intersetoriais: “A primeira infância é uma fase delicada, e os efeitos do clima já começam a aparecer. Não temos tempo a perder. Precisamos de ações coordenadas para proteger nossas crianças”, afirmou Álvaro.