Secretários de Saúde e Promoção Social falam aos vereadores sobre ações durante a Pandemia da Covid-19

por tatiana — publicado 05/05/2020 15h58, última modificação 16/11/2020 12h39
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Secretários de Saúde e Promoção Social falam aos vereadores sobre ações durante a Pandemia da Covid-19

Participação dos secretários atendeu a convite dos vereadores

Na última quinta-feira (30) a Câmara dos Vereadores de Poços de Caldas reuniu-se, de maneira remota, com os secretários de Saúde, dr. Carlos Mosconi e de Promoção Social, Carlos Eduardo Almeida, que apresentaram um panorama dos trabalhos que vêm sendo realizados no enfrentamento da Covid-19 e ainda responderam aos questionamentos dos parlamentares. Também participou da reunião, a coordenadora da Vigilância Epidemiológica, Juliana Loro.

 A explanação começou pelo secretário de Saúde, que destacou que as ações desenvolvidas visam orientar e agilizar o atendimento de todo os casos suspeitos e confirmados da Covid-19. Dr. Mosconi enfatizou que a flexibilização da quarentena e abertura do comércio foi uma decisão baseada em estudos por parte do Comitê Gestor e que o bom índice de isolamento local durante a quarentena, além da evolução para a cura da grande maioria dos casos confirmados em Poços até o momento, foram fatores importantes na decisão.

 O secretário também salientou a importância da população continuar com as medidas de prevenção, com higienização das mãos com água e sabão, utilização de álcool gel e o uso de máscaras sempre que for necessário sair de casa. “Estamos incentivando, estimulando as pessoas a usarem máscaras direto, para todas as pessoas, saiu de casa, usa a máscara. Nós começamos uma nova fase, e essa fase foi muito bem avaliada, mas tudo dentro de um ambiente de incertezas, nós fazemos tudo com segurança, mas eu tenho preocupações, não sei se vamos chegar ao pico da doença, mas estamos tomando as nossas precauções. Houve uma grande movimentação por parte do comércio da cidade, para que houvesse uma abertura, nós temos que compreender que isso é completamente natural, então foi feita uma abertura gradual, mas quero fazer essa ressalva, as coisas vão ser reabertas, gradualmente, porém, se houver retrocesso no que diz respeito à questão de saúde, nós iremos rever a nossa posição e fechar, se for o caso.”

 A respeito das divergências nos Informes Epidemiológicos divulgados pelo estado e pelo município, principalmente relacionadas ao número de notificações, a coordenadora da Vigilância Epidemiológica explicou que a prefeitura adotou um novo modelo para fornecer dados mais precisos para a população. “A gente demorou para conseguir alinhar. Então entramos em um consenso de que não dá pra passar os dados do estado se os nossos dados é que são reais porque acompanhamos diariamente, estão diferentes. Nós ligamos diariamente em todos os hospitais para saber como está a situação, a gente pega no sistema todas as fontes modificadoras e pega todos os resultados, que são os confirmados sintomáticos e os descartados pelos exames feitos pelos laboratórios e com esses dados a gente monta o nosso boletim. É um sistema que a Vigilância Epidemiológica não se familiarizava, a gente não tinha resposta do estado, e aí a gente conseguiu adaptar e hoje eu tenho total segurança para falar que os dados que a gente coloca no boletim são os dados que a gente tem notificados”, afirmou.

 O secretário de Saúde informou ainda que com relação às internações na UTI, há apenas um paciente suspeito internado atualmente, o que faz com que, segundo dr. Mosconi, o município tenha um número expressivo de leitos disponíveis. “Isso nos dá uma certa segurança, não é tranquilidade, porque numa situação como essa não se tem tranquilidade, porque a gente não sabe exatamente o que vai acontecer amanhã. Além do que já temos, vamos ter ainda o hospital São Domingos, que já está recebendo alguns equipamentos doados. Então, se houver internação amanhã, nós teremos esses leitos vagos para receber os pacientes, o que eu espero que não aconteça”, destacou.

 Promoção Social

Após a participação do secretário de saúde, o secretário de Promoção Social falou sobre os trabalhos realizados pela secretaria durante a pandemia. Segundo Carlos Eduardo, apesar de o município não possuir nenhuma lei ou projeto que contemple a entrega de vale cesta básica, existe uma lei municipal que trata de benefícios emergenciais, como as cestas verdes, distribuídas às pessoas em situação de insegurança alimentar e nutricional, aliado a um acompanhamento pelos Centros de Referências em Assistência Social (CRAS). Segundo ele, são fornecidas em média 190 cestas básicas, mensalmente, às famílias em vulnerabilidade social, já acompanhadas pelos CRAS e 150 cestas verdes, entregues às famílias diretamente pelo Banco de Alimentos.

 O secretário destacou ainda que cerca de 23 toneladas de alimentos, arrecadados e adquiridos, já foram encaminhadas às entidades parceiras que têm trabalhado ininterruptamente neste período, sendo elas as Instituições de Longa Permanência para Idosos, Pop Rua e Casas Lares e Abrigos Institucionais para crianças e adolescentes. “O município de pronto fez um atendimento de maneira emergencial, no qual se garante a execução de uma politica publica nesse sentido. A gente fica muito à vontade para dizer que a secretaria de promoção social é uma secretaria que executa três politicas públicas distintas, porém muito transversais, que são a política de segurança alimentar e nutricional, política de assistência social e a política municipal de habitação, que são pautadas na garantia de direitos,” explicou.

 Entre outros assuntos abordados, o secretário Carlos Eduardo destacou o foco do trabalho da Promoção Social com relação às famílias que já estavam em situação de vulnerabilidade social e que agora estão, devido à pandemia. “Nosso compromisso é com a execução da política pública numa escuta qualificada das demandas dessas pessoas que estão em situação de vulnerabilidade social, vulnerabilidade de renda, de moradia, de saúde, de educação, dando essa atenção a todos os cidadãos que procuram as nossas unidades. É claro que nem todas as pessoas que procuram o CRAS são de responsabilidade do CRAS, e quando não são, são dados os encaminhamentos. O CRAS está fazendo atendimento, seja via telefone, seja via presencial a partir do agendamento, no sentido de garantir os direitos e talvez fazer os devidos encaminhamentos”, pontuou.