Roda de conversa discute “Políticas públicas para o envelhecimento”

por Imprensa publicado 04/11/2019 13h35, última modificação 16/11/2020 12h39
Encontro
Roda de conversa discute “Políticas públicas para o envelhecimento”

Evento contou com profissionais das áreas de Saúde e Assistência Social

Nesta semana, a Câmara de Poços promoveu um encontro para discutir o tema “Políticas públicas para o envelhecimento”. Além de uma roda de conversa com profissionais das áreas da Saúde e Assistência Social, houve exibição do documentário Alzheimer na Periferia, do diretor Albert Klinke, que retrata o dia a dia de cinco famílias que vivem na periferia da cidade de São Paulo e precisam lidar com a doença.

O evento atendeu a um requerimento do vereador Lucas Arruda (Rede), aprovado em Plenário, e contou com o apoio do Grupo de Estudos “EnvelheSEr, diálogos necessários”. Participaram do debate a secretária municipal de Promoção Social Luzia Teixeira Martins, a professora do curso de Psicologia da PUC e idealizadora do projeto “Psi em Cena” Kátia Maria Pacheco Saraiva, a professora, doutora em Gerontologia e idealizadora do Grupo de Estudos EnvelheSEr Maria Eliane Catunda, além de psicólogos, assistentes sociais, médicos e demais profissionais que atuam em entidades do município e também na rede municipal de saúde.

Após assistirem ao documentário, os presentes puderam discutir propostas e sugestões visando à ampliação e ao fortalecimento de novas políticas públicas para o envelhecimento em Poços de Caldas. Segundo a professora Maria Eliane Catunda, o objetivo de reunir e ouvir profissionais da política de saúde e assistência Social foi atingido. “Tivemos a participação de diversas entidades e pessoas que atuam com idosos e destaco como ponto importante a possibilidade de ouvir a opinião de quem atende idosos vulneráveis. Julgo que a roda de conversa motivou uma maior colaboração entre as duas políticas no enfrentamento das questões mais complexas. O município tem um número grande de idosos e necessita criar programas e equipamentos que possam apoiar a família no cuidado e evitar a institucionalização. Além disso, deve também estimular a atuação e orientar redes colaborativas para completar a ação das políticas públicas. Considero este evento um marco nas discussões sobre o processo de envelhecimento em Poços e precisamos, nos próximos, envolver outras políticas, como educação, serviços púbicos, cultura, entre outras”, comenta.

Para a professora Kátia Saraiva, o documentário possibilitou a abertura de um diálogo, mostrando que as realidades apresentadas acontecem frequentemente. “Acho que um dos principais pontos foi mostrar o filme como uma ferramenta de diálogo, de poder constatar que realidades como aquelas mostradas no documentário acontecem e, na verdade, de levar a gente a refletir em que medida as políticas de saúde e de promoção social são fundamentais para que possamos ter uma melhor atuação no cuidado com o idoso”, diz.

Kátia ressalta que os encontros são necessários para fortalecimento de vínculos entre todos os atores. “Uma primeira ação a ser apontada é justamente essa, mais encontros e mais fortalecimento dos vínculos entre Secretarias, por exemplo. Elas conversam no cotidiano, mas acho que falta uma maior conversa também com organizações. Encontros como esse são fundamentais, o cotidiano vai nos atropelando e precisamos de momentos assim a fim de que possamos pensar para além de apagar incêndio do dia a dia”, destaca.

O vereador Lucas Arruda lembra das ações já realizadas visando à criação de políticas públicas voltadas aos idosos. “Esse evento é fruto da audiência pública que realizamos no ano passado. Depois, esse grupo de estudos veio discutindo essas questões e tenho participado muito das reuniões do Conselho Municipal do Idoso. Além disso, já entregamos todas as demandas da audiência para o Executivo e fizemos os encaminhamentos necessários. Nesse encontro, ao passar o documentário, o que queríamos mostrar era justamente essa questão das famílias que não têm muitas condições de pagar um cuidador e também que muitas vezes precisam abdicar da vida pessoal para poder dar conta e proporcionar uma qualidade de vida aos idosos com doenças mais avançadas”, afirma.

Para o legislador, é preciso dar sequência à discussão dessas questões. “A gente quer discutir o que pode ser feito para auxiliar as famílias. O governo sozinho não consegue suprir todas as demandas da área, então precisamos organizar a sociedade para poder cuidar dos idosos com mais qualidade”, finaliza.

O vídeo da roda de conversa está disponível para consulta na página da Câmara no YouTube.

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