Integrantes do Parlamento Mulher se preparam para a Plenária Final

por Imprensa publicado 08/10/2025 17h00, última modificação 13/10/2025 10h08
Conclusão dos trabalhos
Integrantes do Parlamento Mulher se preparam para a Plenária Final

Segunda oficina de formação temática tratou do assunto Empreendedorismo Feminino

Nas últimas semanas, as integrantes do Parlamento Mulher, edição 2025, participaram de várias atividades, entre elas oficinas de formação política, temática e preparatória. Nesta semana, elas se reuniram em grupos de trabalho para discutir e elaborar propostas sobre o tema principal deste ano, que é “A Mulher e o Mercado de Trabalho”. Agora, as inscritas no projeto se preparam para a Plenária Final, que será no dia 13 de outubro, às 18h, no Plenário da Câmara.

No mês de setembro, foram três oficinas de formação temática que abordaram as pautas Trabalho e Maternidade, Empreendedorismo Feminino e Violência de Gênero no Mercado de Trabalho. Nesses encontros, as participantes tiveram a oportunidade de ouvir relatos de profissionais que atuam na área e pensar em políticas públicas para as mulheres.

A advogada e cientista social, Maria Cláudia D’Arcadia, esteve presente na oficina sobre Trabalho e Maternidade. “Foi um prazer participar, mais uma vez, do Parlamento Mulher, agora também como mediadora. Na ocasião, destaquei a importância da proteção integral à maternidade como um direito fundamental, ressaltando que cabe ao Estado assegurar condições dignas para que mulheres possam exercer sua função de cidadãs ativas no mundo do trabalho e de cuidadoras da vida que geram sem que isso represente exclusão, sobrecarga ou perda de direitos”, declarou.

Maria Cláudia, que também é escritora de livros infantis, reforçou durante o encontro que a maternidade não pode ser tratada como um obstáculo, mas sim como um aspecto social que exige políticas públicas efetivas, capazes de garantir desde a proteção do nascituro até o amparo da mãe trabalhadora, com medidas que contemplem saúde, segurança, renda, educação infantil e dignidade.

A segunda oficina de formação temática tratou do assunto Empreendedorismo Feminino, com as presenças de Rita de Cássia Rodrigues, diretora-presidente da COOPERGORE, Maria Carolina Sebastião, educadora social e publicitária da Incubadora Social, e Heb Longo, pedagoga e empresária da Tricô para Bebê.

Para Maria Carolina, foi um momento enriquecedor poder compartilhar o trabalho que a Incubadora Social realiza há 20 anos. “Tive a oportunidade de escutar vivências de outras mulheres que batalharam para empreender. Na Incubadora, acompanhamos de perto as dificuldades que muitas mulheres enfrentam no processo de empreender, como a falta de uma rede de apoio, a sobrecarga de trabalho doméstico, entre tantas outras barreiras. Como mulher preta e que desde criança vi milhares de mulheres, começando pela minha mãe, minha avó e minha tia, sendo empreendedoras sem sequer saber que esse era o nome do que faziam, foi muito gratificante. Mais do que isso, foi um momento de responsabilidade com nossas mulheres. É urgente que políticas públicas sejam pensadas e adaptadas a todos os recortes, como à mulher preta, à mulher periférica e à mulher trans. No Brasil, muitas mulheres ainda sofrem violência doméstica e muitas perdem a vida por isso”, afirmou.

A terceira e última oficina teve como linha de discussão a Violência de Gênero no Mercado de Trabalho. Ana Paula Ferreira, pedagoga e integrante do Coletivo Mulheres pela Democracia, apresentou às participantes dados sobre a situação da mulher no mercado de trabalho, tanto com relação ao desfavorecimento nos cargos de liderança, como também com relação ao desemprego. “Após um panorama mais geral desses dados, abordamos quais então eram os espaços que a mulher acabava ocupando, e aí, mediante uma conversa, as próprias participantes já sinalizaram que a gente sempre está nos papéis mais destinados ao cuidar e que o cuidar em termos financeiros não era valorizado, então é a professora, é a babá, é a empregada doméstica, é enfermeira, é a dona de casa, e aí a pergunta é por que que teve essa divisão de gêneros? E aí pude fazer todo um resgate histórico mostrando a interferência não só do patriarcado mas do próprio capitalismo, mostrando que essas desigualdades de gênero são estruturais, elas fazem parte do nosso sistema. Por fim, falamos sobre algumas alternativas viáveis para se pensar em uma maior inclusão da mulher dentro do mercado de trabalho e medidas tanto a curto médio e longo prazo”, contou.

Também estiveram presentes na última oficina Édna Leite Ramos, Isabel Carneiro Vasques, Najila Passos da Silva e Rita de Cássia de Sá Teodoro. Elas compartilharam vivências pessoais relacionadas ao tema.

A partir de agora, as mulheres se preparam para a votação das propostas na Plenária Final, sugestões estas que serão encaminhadas aos vereadores. A advogada Amanda Araújo participa desde o início das atividades do Parlamento Mulher. “A gente participou das formações temáticas, entendemos a realidade de mulheres que tiveram o tempo de trazer um pouquinho da sua história para nós que estamos aqui formando esse posicionamento e formando propostas para que possamos levar aos vereadores e implementar melhorias para a mulher como um todo”, disse.

A Plenária Final do Parlamento Mulher tem transmissão ao vivo pelo Facebook e YouTube da Câmara de Poços.

 

registrado em: