BULLING E ABUSO SEXUAL NO COLÉGIO MUNICIPAL DR. JOSÉ VARGAS DE SOUZA
por luzia
—
última modificação
02/03/2023 17h08
Venho através deste denunciar a omissão e negligência do Colégio Municipal Dr. José Vargas de Souza, bem como sua diretora (Ângela) e coordenadora (Rosângela), no caso de bullying e abuso sexual sofrido por parte de outros 3 alunos sofrido pelo meu filho Yago de Assis Souza.
Meu filho de 13 anos (TDAH)foi de bullying pesado e molestado por 3 alunos dentro do colégio municipal Dr. José Vargas de Souza, em sala de aula e nos corredores da escola. Levei ao conhecimento da coordenadora a questão do bullying no dia 29 de novembro de 2022, junto com o laudo psiquiátrico indicando depressão. No dia 30 de novembro de 2022, retornei ao colégio com dados mais alarmantes como a de assédio sexual por parte dos meninos e o nome dos mesmos entregando para a diretora, que ficou de suspender os meninos e entrar em contato com os pais, porém não foi o que aconteceu os meninos continuaram indo para a escola normalmente e os pais sem saber de nada. Ambas foram omissas por já saberem do bullying há muito tempo, procurei a secretaria de educação já com o boletim de ocorrência que após conversar comigo, falaram com a diretora, a partir deste momento resolveram enviar um relatório para o conselho tutelar (emitido em 08 de dezembro de 2022), contando várias mentiras.
De acordo com a Fabiana da secretária de educação a diretora informou que não falou com os alunos e não seria possível tomar nenhuma providência pois os mesmos não estavam frequentando mais as aulas, embora no dia em que eu falei com a mesma contando sobre o assédio falei com os meninos e soube através de outros alunos que os mesmos estavam de recuperação e frequentariam as aulas normalmente até que a diretora decidisse o que fazer com eles.
No dia 16 de dezembro de 2022 fui ao conselho tutelar afim de prestar esclarecimentos sobre o assunto, que ficaram de cobrar uma posição da escola quanto a demora em tomar providências, ainda não obtive resposta por essa parte.
Retornei à secretaria de educação no dia 26 de dezembro de 2022 pedindo a resposta por escrito que já haviam me dado verbalmente e mostrando através de prints do WhatsApp que a escola estava mentindo que não sabia de nada, recebi com muito custo uma resposta da secretaria onde a diretora e coordenadora dizem que não tomaram atitude nenhuma pois estavam averiguando os fatos, porém no relatório enviado para o conselho tutelar disseram não saber de nada, pois meu filho tem dificuldade em se expressar e só veio a contar o que houve após insistência da psicóloga e meu na tentativa de descobrir o motivo da depressão dele.
Meu filho passou a apresentar fortes dores de cabeça em meados do mês de setembro, passando por diversos exames e não apresentando nenhum problema físico e dificuldades de ir à escola, em outubro apresentou muitos sangramentos pelo nariz, mais uma vez levei ao médico e apenas cauterizou o nariz, no fim do mesmo mês ele começou a apresentar fortes dores de estômago e de cabeça, mais uma vez vindo a faltar muito das aulas e parando todas as outras atividades que fazia pois sempre estava com dor, até que ele apresentou uma diarreia e desidratou, pois não conseguia comer e nem beber água direito, a partir daí passávamos praticamente 2 dias em casa e 1 no hospital fazendo exames para tentar descobrir o que ele tinha, da última vez o médico que o atendeu já começou a falar sobre a ansiedade dele, mas ainda sim pediu mais alguns exames para ter certeza.
Quando o resultado chegou e estava tudo normal, entrei em contato com a psicóloga dele para levantar essa possibilidade ou até mesmo de uma depressão, e ela me confirmou que ele poderia estar em uma crise severa de ansiedade que seria importante entrar em contato com o psiquiatra dele afim de ajustar a medicação.
Ele teve a medicação ajustada, por alguns dias até deu uma melhorada de leve, porém dias depois começaram os sintomas novamente dor de cabeça, dor de estômago, não conseguia ir para lugar algum, mais uma vez relatei para a psicóloga dele, que após investigação e consulta presencial chegou à conclusão de depressão, a partir desse momento começamos a pensar no que poderia estar causando isso nele.
Ao passar dos dias ele foi voltando as atividades com muito custo sempre junto comigo, porém quando era hora de ir para a escola fica mal, chegava a quase perder os sentidos, ouvi que ele reclamou para a professora de natação e de evangelização da escola que era sozinho, ninguém gostava dele, até que ele começou a contar que o Gabriel Bergamin da sala dele o xingava com frequência, chegando a tocar na sua tetinha e girar.
No dia 29 de novembro compareci até a escola com o laudo psiquiátrico do Yago afirmando a depressão dele, falei com a coordenadora Rosangela e relatei o ocorrido e já disponibilizei o laudo para cópia, neste mesmo dia fui informada que meu filho não precisava fazer mais nenhuma atividade que no conselho de classe passaram ele, tendo em vista que na semana anterior eu havia falado que ele não tinha mais condição de ir à escola e não havia possibilidade de força-lo devido aos vômitos, dores e quase perda de sentidos antes de sair para a escola.
No dia seguinte meu filho relatou que não era apenas o Gabriel junto com ele estavam Samuel Cantarelli e Caetano Pessoa e como se não bastasse o bullying também o cercavam para tocar em seu órgão genital, assim que ele terminou de contar imediatamente fui até a escola com o intuito de falar com a coordenadora sobre a gravidade do ocorrido, chegando lá os alunos estavam esparramados pelo corredor e então fui até a sala dele que estava sem professor e procurei pelos três meninos, chamei eles de viadinho e disse que por culpa deles meu filho deixou de comer e beber água, foi parar no hospital várias vezes e agora não conseguia ir à escola mais. A professora Genoveva passou pelo local na hora e viu, aproveitou para chamar a coordenadora que grosseiramente falou comigo que eu não poderia falar com o filho dos outros e que meu filho não é santo também e se eu quisesse eu poderia aguarda-la ou ir até a diretoria. Uma colega de classe veio atrás de mim para conversar e saber do Yago, me disse que já havia algum tempo que a sala de aula toda o excluía, mas não sabia dizer o motivo e que sempre via os três meninos cercando o Yago mas não sabia o que eles diziam, em seguida os meninos também apareceram querendo se justificar e eu respondi que a conversa não era mais comigo e sim com a direção da escola, onde eu passaria o nome deles. Me dirigi a diretoria onde em prantos aguardei a diretora chegar e entreguei a anotação abaixo em mãos e expliquei o acontecido, a mesma ficou de suspender os meninos, chamar os pais e se percebesse que foi na maldade enviaria um relatório para o conselho tutelar e assim que tivesse uma posição entraria em contato comigo, o que não aconteceu.
No dia 02 de dezembro soube por outros alunos que os três meninos continuavam a frequentar as aulas normalmente, inclusive disseram que continuariam na recuperação até que a diretora decidisse o que fazer com eles.
Decidi fazer o B.O no dia 05 de dezembro e após procurar a secretária de educação, não consegui falar com a responsável no mesmo dia, mas deixei recado, então vieram a me retornar no dia 06 de dezembro pelo telefone para que eu relatasse o ocorrido, após meu relato não havendo resposta até dia 07 no dia 08 de dezembro procurei pessoalmente a secretária junto com meu filho, ele conseguiu contar parte da história para a Débora e a Fabiana até o momento que ficou muito abalado.
No dia 16 de dezembro descobri através de outra mãe por telefone que o filho dela ouviu os três meninos rindo e debochando que haviam passado a mão no pipi do Yago, depois conversei com meu filho que com muito custo e me confirmou a história, neste mesmo dia eu estava agendada para ir ao conselho tutelar e já relatei todo o ocorrido para a conselheira Sandra.
No dia 19 de dezembro prestei queixa na delegacia sobre o ocorrido e descobri que a escola havia começado a entrar em contato com os pais dos alunos, mas não estava explicando do que se tratava.
Enviei para a delegacia por e-mail toda a documentação e prints que juntei até aquela data e enviei também para o ministério público.
Embora haja relatos que a coordenadora já havia perguntado em outra ocasião o porquê desses meninos pegarem no pé dele, ela insiste em dizer que não sabe de nada.
Enquanto isso meu filho está tomando até o momento Sertralina 100mg, Depakene 5ml 2x ao dia e Quetiapiatia 50mg, pois se encontra em observação por risco de suicídio.
Peço a Gentileza que sejam resguardados os nomes das crianças, principalmente do meu filho e meu para que não soframos maiores danos.
Criada em :
04/01/2023 17h30
Tipo de solicitação :
Denúncia
Área :
Faltando: ouvidoria
Protocolo :
20230104173059
Status atual :
Tramitando
Respostas
1
Data :
02/03/2023 16h56
Status :
Tramitando
BOA TARDE MARIANA,DESCULPA A DEMORA DA RESPOSTA A OUVIDORIA ESTAVA EM TRAMITAÇÃO DE TRANSFERÊNCIA DE GABINETE!PELO SEU RELATO,VC já PROCUROU TODOS OS ÓRGÃOS COMPETENTES.ENCAMINHAREMOS SUA DENUNCIA DIRETO PARA O PREFEITO.ATT
2
Data :
02/03/2023 17h08
Status :
Tramitando
BOA TARDE MARIANA!DESCULPA A DEMORA DA RESPOSTA.A OUVIDORIA ESTAVA EM TRAMITAÇÃO DE TRANSFERÊNCIA DE GABINETE.PELO SEU RELATO VC JÁ PROCUROU TODOS O ÓRGÃOS COMPETENTES.ENCAMINHAREMOS SUA DENUNCIA DIRETO AO PREFEITO
Arquivos anexados
Esta solicitação ainda não contém nenhum arquivo anexado.